Pouco out e muita sorte? Jorge Moutella comenta erros e acertos na final do BSOP


Pouco out e muita sorte? Jorge Moutella comenta erros e acertos na final do BSOP
Dizem que uma das piores coisas que pode acontecer a um jogador de poker é a sorte em um tipo de torneio no qual ele é principiante. Em sua estreia naquele nível de buy-in, um jogador pode usar toda sua confiança e se sair bem com a variância, para então, nos jogos seguintes, ir mal por insistir em passos maiores que as pernas - até finalmente se tocar que aquilo foi sorte.
Com tantos comentários sobre a final da 4ª etapa do BSOP (Brazilian Series of Poker), que aconteceu no começo no mês em São Paulo, há quem diga que a sorte pode ter atingido em cheio o jogador Jorge Moutella. Jogador [realmente] recreativo, o morador de Taubaté, no interior paulista, nunca tinha jogado um torneio de poker com mais de 40 pessoas. No Main Event, o comerciante simplesmente eliminou todos os jogadores da mesa final, incluindo o favorito ao título Marcel Carli, que abriu o dia final na liderança e chegou a ampliar a diferença em relação ao segundo colocado logo no começo do dia.
Muitos justificam a sorte de Moutella na mesa final pelo showdown das cartas que resultaram em eliminação. Na jogada que teve a queda do 8º lugar, o maior pote do torneio, Moutella recebeu KK no botão e trincou logo no flop. Pouco depois, na eliminação do 5º lugar, ele recebeu mais um KK e levou a melhor contra o AK de Luis Simões. Na queda de Carli, na 4ª colocação, Moutella segurava duas pontas para uma seguida com TdJd no flop 8d9hT enquanto Carli tinha QQ. O poker pro shovou e Moutella deu call com mais fichas, porém, perdendo, mas um 7c no turn completou ostraight.
Aparentemente, de um início de decisão com 18 BBs (abaixo da média) até a liderança disparada depois do maior pote do torneio, o deuses do poker abençoaram quem recebeu as melhores cartas - no caso, Moutella - já que a estrutura ficou mais apertada e resultou em mais all in-call. Mas para quem sentou à mesa, o ritmo acelerado de quedas estava ligado à alta pressão da FT. "Eu peguei uma dinâmica de agressividade na mesa. A pressão influenciou na velocidade do jogo", lembra Moutella.
Foram necessárias não mais que 30 mãos para que a FT se reduzisse ao heads-up - que por sua vez teve mais 45 mãos.

Rafael Moraes e João Simão vencem torneios de domingo no PokerStars




Os Brasileiros que gostam de pôquer acordaram com um sorriso no rosto nessa manhã de segunda. Em outro grande desempenho nas mesas on-line do PokerStars, dois dos nossos maiores craques conseguiram mais conquistas em suas carreiras brilhantes. E a alegria é ainda maior, porque Rafael Moraes e João Simão são duas figuras incríveis, que merecem todo o sucesso conquistado!

Ranking mundial de poker tem três brasileiros no Top 300


CARLO MONTI / POKERSTARS
André Akkari foi campeão do WSOP em 2011 e pode ser o primeiro brasileiro a conquistar dois braceletes
André Akkari é um dos três brasileiros melhores colocados no Global Poker Index (GPI)
Foi divulgada na última semana a atualização do Global Poker Index (GPI), ranking mundial da modalidade com base nos resultados de cada jogador nos últimos seis semestres. Ariel Bahia, André Akkari e João Simão são os brasileiros com melhores colocações.
Ariel ocupa a 107ª colocação, seguido por Akkari (177º) e Simão (226º). Thiago Decano, terceiro atleta do Brasil a conquistar um bracelete no Mundial de Poker (WSOP), é o 426º.
Os norte-americanos dominam o topo da lista, ocupando as quatro primeiras posições com Jason Mercier, Byron Kaverman, Scott Seiver e Anthony Zinno. Seiver é o único deles que não conquistou um bracelete no último WSOP, no entanto foi campeão em um dos eventos da Grande Final do Circuito Europeu de Poker (EPT) deste ano.